Seremos substituídos pela Inteligência Artificial?

Palestra de abertura da 41ª Semana de Informação Profissional do Andrews trouxe questionamentos da atualidade sobre tecnologia, algoritmo e AI

 

Os alunos da 1ª série do Ensino Médio do Andrews tiveram na segunda-feira (3) uma manhã repleta de reflexão sobre o tema “Inteligência Artificial”, na palestra de abertura da 41ª Semana de Informação Profissional (SIP) deste ano.

 A Cientista de Dados e mãe dos alunos Isadora e Theo, Rebecca Barros conversou com a plateia, de maneira descontraída, sobre o tema e desmistificou alguns conceitos e dúvidas que rondam a cabeça dos jovens sobre o assunto, além de contar um pouco sobre sua carreira.

Doutora em Economia, Rebecca começou no mercado financeiro em 1997 analisando as massas de dados da internet para a bolsa de valores. Seguiu carreira no Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas e agora é Consultora em Tecnologia Global em uma multinacional, atuando como diretora de dados na indústria de base, como mineração, utilidades, metalurgia, entre outras.

Segunda ela, “tememos o que não conhecemos” e, por isso, para ela, é importante entender conceitos e tópicos sobre IA para que as pessoas percam o “tabu” sobre o assunto e possam encarar a realidade da ferramenta. A profissional usou como exemplo o conceito de “algoritmo”, que está interligado em diferentes áreas da nossa vida, como a própria matemática e a indústria do entretenimento.

O que é Inteligência Artificial?

Segundo a profissional, Inteligência Artificial é “a ciência de construir máquinas inteligentes”. O termo “machine learning” = aprendizado de máquina, que nada mais é do que pessoas instruindo máquinas utilizando dados/algoritmos para que se chegue em um resultado.

Dentro desse campo da computação, que faz os computadores aprenderem, também existe o conceito de “deep learning”, que tem o mesmo processo mas utiliza algoritmos mais complexos, que tentam modelar abstrações de alto nível de dados ou com várias camadas de processamento.

O maior exemplo que temos atualmente é o famoso “Chat GPT” que, segundo Rebecca, usou todos os dados da internet, até 2021, utilizando técnicas avançadas de “machine learning” para poder dar respostas e experiências ao usuário. E isso só é possível hoje em dia devido a alta capacidade computacional desenvolvida ao longo dos anos e também ao custo monetário ser mais barato comparado ao que era antigamente.

Mas afinal, seremos ou não substituídos pela Inteligência Artificial?

Respondendo diversas perguntas dos alunos sobre o poder computacional para a realização de cirurgias, atuação em tribunais e diversos outros campos de diferentes profissões, Rebecca esclarece que atividades que são realizadas de formas mecânicas, a chance do trabalho ser automatizado é grande, sendo uma evolução natural da vida. 

Mas a profissional garante também que por mais que a máquina seja instruída a aprender, sempre haverá um ser humano por traz, fazendo curadoria dos resultados. Questionada sobre a IA tomar decisões, ela diz que “a máquina sugere caminhos a partir do que ela aprendeu, se ela não foi orientada a tomar uma decisão naquele cenário, ela não pode reagir, dá pane. Por isso o ser humano é insubstituível”.

Embora seja verdade que a IA esteja impactando o mercado de trabalho e automatizando tarefas, Rebecca alerta que os jovens não precisam ter receio e que “a Inteligência Artificial tem potencial de transformar a economia e gerar demandas por habilidades específicas como, por exemplo, pensamento crítico, criatividade, resolução de problemas, habilidade sociais e emocionais, capacidade de adaptação e aprendizado contínuo”.


 

 

COLÉGIO ANDREWS

(21) 2266-8010

Endereço:
Rua Visconde de Silva, 161
Humaitá CEP 22271-043
Rio de Janeiro - RJ

Colégio Andrews
Todos os Direitos Reservados
@ 2017